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domingo, 14 de agosto de 2011

Tudo pela arte: em experimento artístico, francesa injeta sangue de cavalo e se sente “extra-humana"

Uma dupla artística francesa denominada Art Orienté objet, conhecida por sua exploração de relações entre as espécies e por questionar métodos e ferramentas científicos, agora se tornou protagonista de uma das mais chocantes experiências já feitas: a injeção de plasma de cavalo em um ser humano.
O projeto, intitulado Que le cheval vive en moi (Que o cavalo viva em mim), Marion Laval Jeantet, um dos membros da Art Orienté objet, recebeu sangue de cavalo nas veias, o que a fez se sentir “extra-humana”.
O evento chocante ocorreu em fevereiro, mas Marion passou vários meses preparando seu corpo, injetando-se com pequenas doses de imunoglobulinas de cavalo, as glicoproteínas que fluem através do sangue do animal e funcionam como anticorpos na resposta imunológica de seu corpo.
A artista chamou esse processo de mitridatização (acostumar; imunizar com venenos), uma técnica que pode ter começado com o rei Mitrídates VI do Ponto (120 a.C. – 65 a.C.), que dizia ter desenvolvido imunidade a venenos através da ingestão gradual de pequenas doses deles.



Assim, em fevereiro, depois de construir sua tolerância aos compostos do animal, Marion recebeu o plasma de cavalo que continha o espectro completo de imunoglobulinas, e não entrou em choque anafilático.
Os compostos do cavalo contornaram seus mecanismos de defesa e entraram em sua corrente sanguínea, onde se ligaram a proteínas humanas. Esta síntese afetou suas funções corporais e até mesmo seu sistema nervoso durante semanas depois de Marion ter recebido a injeção.
“Eu tinha a sensação de ser extra-humana. Eu não estava no meu corpo usual. Eu me sentia hiperpoderosa, hipersensível, hipernervosa e muito desconfiada, hesitante. O emocionalismo de um herbívoro. Eu não conseguia dormir. Provavelmente, me senti um pouco como um cavalo”, conta a artista.
Após a transfusão de sangue, Marion colocou um objeto na perna semelhante a patas de cavalo e realizou um ritual de comunicação com um cavalo real. Em seguida, uma amostra de seu sangue foi extraída e liofilizada.
O projeto representa uma continuação do mito centauro, um híbrido de cavalo-humano que, sendo um “animal em um humano” simboliza a antítese do cavaleiro, que, como humano, domina o animal. A arte está sendo apresentada no Cassino de Luxemburgo, em Luxemburgo.[OddityCentral]
ALERTA: Que le cheval vive en moi foi uma experiência radical cujos efeitos a longo prazo não podem ser calculados. Não repita em casa.
Fonte aqui


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